sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Oposição supera governo em interações nas redes sociais por 20 vezes

A Receita Federal cancelou uma norma que visava aumentar o monitoramento das transações realizadas por meio do Pix. Nas redes sociais, essa decisão gerou desinformação e críticas de grupos opositores. Para mitigar os impactos negativos, o governo planeja apresentar uma Medida Provisória que assegurará a gratuidade, o sigilo e a igualdade dos valores cobrados em transações via Pix e em dinheiro. De acordo com o ministro da Fazenda, a MP irá igualar o sistema de pagamentos instantâneos ao dinheiro em espécie.

A revogação da medida ocorreu após uma onda de informações falsas circularem nas redes sociais. A urgência do tema surgiu devido à rapidez com que a falsa ideia de que o governo tributaria transferências via Pix se espalhou. O governo estava preocupado com a possibilidade de que essas postagens enganosas aumentassem a desconfiança sobre a transparência do sistema.

O Palácio do Planalto enfrentou dificuldades para conter o crescimento das fake news relacionadas à fiscalização de transferências mensais acima de R$ 5 mil. Vídeos publicados pela oposição nas redes sociais conseguiram 20 vezes mais engajamento do que os conteúdos compartilhados pela base governista. Um estudo revelou que as postagens de deputados de um partido específico tiveram 4,6 milhões de interações, enquanto as publicações dos parlamentares aliados ao governo somaram pouco mais de 218 mil.

Uma única publicação do deputado federal atingiu mais de 200 milhões de visualizações. O Google registrou um aumento significativo nas pesquisas sobre o Pix desde o lançamento da ferramenta em 2020. No YouTube, os vídeos com maior número de visualizações estavam relacionados à alegação de taxação do Pix, o que não irá acontecer. Um relatório destacou que, sem uma estratégia mais estruturada, especialmente voltada para a mídia regional, o governo encontrará dificuldades crescentes para combater a narrativa proposta pela oposição.

Um documento da Secretaria de Comunicação Social revelou que, entre os dias 9 e 13 de janeiro, mais de 22 milhões de pessoas foram impactadas por desinformações sobre o Pix. Em resposta a essa situação, a Advocacia Geral da União solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar os responsáveis por essas publicações.

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