9 março 2025
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Orbán: O Desafiante de Trump que Rompe com os Padrões Europeus

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, declarou recentemente que a União Europeia não deve financiar os esforços militares da Ucrânia, uma vez que isso poderia comprometer a estabilidade do continente, especialmente num contexto onde a assistência financeira dos Estados Unidos se encontra incerta. A afirmação ocorreu após uma cúpula de emergência dedicada ao suporte a Kiev e a um abrangente plano de segurança para a Europa, do qual Orbán não assinou a declaração final.

Orbán, que mantém uma aliança com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, além de evitar o envio de armamentos para a Ucrânia desde o início do conflito, anunciou que seu governo promoverá uma consulta pública interna sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia nas próximas semanas. Esta questão permanece como uma das poucas demandas ucranianas que não foram inicialmente rejeitadas pela Rússia nas discussões para encerrar a guerra.

Na cúpula de defesa realizada na quinta-feira, os líderes da União Europeia reafirmaram seu apoio ao aumento do orçamento de defesa e à continuidade da assistência a Kiev, em meio a um cenário de incerteza devido às mudanças nas políticas dos Estados Unidos. Recentemente, Trump afirmou que os apoios financeiros e militares ao país em conflito estão sendo encerrados.

A reunião em Bruxelas ocorreu em um ambiente de apreensão, com receios de que a Rússia, incentivada pelo conflito na Ucrânia, possa atacar outro membro da União Europeia, além da possibilidade de a Europa não poder contar mais com o apoio dos Estados Unidos. Orbán, que optou por não enviar armas à Ucrânia e manteve vínculos próximos com Moscou, argumentou que, ao invés de prolongar o conflito, a Europa deve buscar apoiar as iniciativas de paz propostas por Trump.

“Ora, se os Estados Unidos decidirem parar de financiar a Ucrânia, por que os demais 26 estados-membros teriam condições de continuar essa guerra?”, questionou Orbán em uma entrevista à rádio estatal. Ele expressou a preocupação de que, após algumas semanas, os aliados europeus descobrirão que não há recursos disponíveis para continuar com esses objetivos.

Trump opina que a Europa deve assumir uma maior responsabilidade pela sua própria segurança. Em uma declaração feita na quinta-feira, ele levantou dúvidas sobre sua disposição em defender os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), onde o Artigo 5 estabelece que um ataque contra um membro é considerado um ataque contra todos. Ele sugeriu que esse compromisso poderia ser desconsiderado se os países europeus não estiverem investindo adequadamente em sua defesa.

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