14 março 2025
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Os Desafios da Liderança: Witkoff e a Negociação do Gaz

Em um passado recente, um gesto de solidariedade ocorreu em Nova York, quando um empresário chamado Steve Witcoff pagou um sanduíche de presunto e queijo suíço para um homem desconhecido que estava sem dinheiro. Esse homem era Donald Trump, que anos depois se tornaria seu amigo.

Atualmente, Trump está apoiando Witcoff ao designá-lo para tratar de duas questões globais significativas. Witcoff demonstrou sua capacidade ao participar das negociações que resultaram no cessar-fogo e na libertação dos últimos reféns israelenses. Ele expressou sua profunda emoção ao ver seis jovens mulheres serem libertadas, relacionando-se com a dor de suas famílias, pois também é pai de uma vítima – seu filho Andrew Witkoff, que faleceu por overdose.

Embora Witcoff não tenha experiência formal em negociações diplomáticas, sua vivência intensa no competitivo mercado imobiliário de Nova York, onde Trump também atua, lhe proporcionou habilidades valiosas. Durante as conversas sobre Gaza, sua influência foi notável, especialmente ao contatar Benjamin Netanyahu. Quando avisou que chegaria para discutir a trégua em um sábado, um assessor do primeiro-ministro informou que ele não trabalha nesse dia. Witcoff, que compartilha da fé judaica, mostrou-se inabalável, o que levou Netanyahu a abrir seu gabinete.

Um assessor presidencial anônimo comentou sobre a determinação de Witcoff, destacando sua natureza competitiva e a forma como lidou com Netanyahu.

Contudo, a situação muda drasticamente quando se considera a questão da Ucrânia e a relação com Vladimir Putin, que se encontra em uma posição militar vantajosa. O presidente russo, que comanda um vasto arsenal nuclear, não tem mostrado disposição para fazer concessões enquanto suas forças avançam sobre a Ucrânia. O histórico sugere que, em contextos de conflito, aquele que está em vantagem raramente aceita um cessar-fogo.

Os russos estão exigindo que a Ucrânia não busque adesão à OTAN e que sejam reconhecidos os territórios que ocupam, como a Crimeia e as províncias de Kherson, Zaporijijia, Donetsk e Luhansk. Além disso, desejam evitar a presença de tropas europeias na supervisão da paz na região, conforme reportado por agências de notícias.

A experiência anterior de Witcoff com a Rússia envolveu a libertação de um professor, que havia sido preso por tentar entrar no país com maconha médica. A confiança de Trump em Witcoff é sua maior vantagem nas atuais negociações. Um episódio de segurança durante uma partida de golfe entre Trump e Witcoff, onde um objeto suspeito foi identificado, destaca a necessidade de proteção constante para Witcoff em suas funções diplomáticas.

A tarefa à frente é repleta de desafios, mas Witcoff parece determinado. Ao pousar em Moscou, ele propôs uma nova estratégia para as partes em conflito: a extensão do cessar-fogo em troca da libertação de cinco reféns e mais nove corpos.

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