Osasco se tornou campeão da Superliga Feminina de 2025. Na final realizada no ginásio do Ibirapuera, a equipe da região metropolitana de São Paulo superou o Sesi-Bauru por 3 sets a 1. Este confronto marcou a primeira decisão sem a presença de um time mineiro em oito anos e encerrou um jejum de vitórias para o Estado, que não via um time paulista campeão desde 2012.
Ambas as equipes chegaram à final após eliminar adversários considerados favoritos na competição. O Sesi-Bauru derrotou o Praia Clube em duas partidas, impedindo que o time de Uberlândia, que não ficava fora de uma final desde a temporada 2016/17 e que liderou a fase classificatória de 2024/25, chegasse novamente à disputa. O Osasco, por sua vez, eliminou o atual campeão, Minas, em uma série de três jogos, incluindo duas partidas decididas no tie-break. A equipe de Belo Horizonte havia conquistado o título três vezes nos últimos quatro anos.
O jogo foi marcado por um encontro entre medalhistas olímpicas. A levantadora Dani Lins, campeã olímpica em 2012, é a referências para a jovem equipe de Bauru, que tem apenas oito anos de história. Sob o comando do técnico Henrique Bodanese, o Sesi-Bauru alcançou pela primeira vez a final do campeonato. Natália, campeã ao lado de Lins e medalhista de prata em Tóquio 2021, foi fundamental na campanha do Osasco, que agora se torna hexacampeão da Superliga.
Durante a partida, grandes ralis foram um destaque, especialmente as defesas de Camila Brait, do Osasco, que defendeu bolas difíceis. Bruna, do Sesi, teve uma atuação notável, alcançando sua maior pontuação na temporada com 24 pontos. O primeiro set começou equilibrado, com Osasco abrindo uma vantagem de cinco pontos, mas o Sesi conseguiu se recuperar. No final, a experiência se destacou e Tiffany explorou o bloqueio para finalizar o set em 26 a 24 para o Osasco.
No segundo set, a reação do Sesi se deu com a venezuelana Acosta liderando o ataque. Com uma vantagem constante, o Sesi-Bauru venceu por 25 a 19, em um período que se mostrou mais tranquilo. O terceiro set novamente trouxe equilíbrio. Osasco começou forte, abrindo 5 a 0, mas o Sesi conseguiu alcançar o adversário. O set foi decidido com um placar de 28 a 26, destacando o ponto final de Natália, que evidenciou sua experiência como campeã olímpica.
O quarto set se desenrolou com uma batalha intensa. Embora Natália tenha sido bloqueada em vários momentos, nos momentos cruciais ela se destacou com um ataque e um saque certeiro, proporcionando a vantagem necessária para a vitória de Osasco por 25 a 20. O ponto final foi de Tiffany, tornando-se a primeira mulher trans a alcançar uma final de Superliga, e consagrando-se campeã aos 40 anos.
