O cinema é uma ferramenta eficaz na disseminação do conhecimento, promovendo reflexões sobre temas diversos, incluindo história, ciências, filosofia, sociologia e biologia. Para estudantes que se preparam para vestibulares, como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), filmes indicados ao Oscar de 2025 podem servir como um recurso pedagógico valioso. As produções contempladas na premiação abordam narrativas que estão diretamente relacionadas a tópicos frequentemente explorados nas provas, abrangendo desde questões ambientais e conflitos históricos até discussões sobre identidade, ética e sociedade. Esses filmes têm o potencial de expandir a visão de mundo dos vestibulandos e enriquecer suas habilidades de redação.
Filmes são frequentemente utilizados como base para questões de interpretação de texto, filosofia, sociologia e atualidades em vários vestibulares. Em 2024, a Fuvest, que seleciona candidatos para os cursos da USP (Universidade de São Paulo), incorporou uma questão relacionada ao filme “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (2006), focando no contexto da ditadura militar no Brasil e suas repercussões sociais e políticas. O cinema possibilita a visualização de eventos históricos, a compreensão de conceitos científicos de maneira aplicada e a análise de questões sociais sob diferentes perspectivas, desenvolvendo habilidades como raciocínio crítico, interpretação textual e argumentação, conforme apontado por especialistas na área.
A continuação da adaptação da obra de Frank Herbert, “Duna: Parte 2”, retrata um mundo marcado pela escassez de água, onde a luta pela sobrevivência ocorre em um ecossistema hostil e em meio a disputas políticas por recursos naturais. Tais temáticas estão alinhadas com assuntos frequentemente abordados no Enem, como os impactos da crise climática, desertificação e a urgência da preservação ambiental. O filme propõe ainda discussões sobre como a degradação ambiental pode culminar em cenários de conflito e desigualdade social.
Por sua vez, “A Substância” apresenta uma sociedade obcecada pela juventude e pela aparência, onde um tratamento inovador promete reverter o envelhecimento. A narrativa explora questões de etarismo e a pressão estética, analisando os impactos psicológicos e sociais da incessante busca pela juventude. Este filme é um recurso relevante para elaborar discussões sobre bioética, os padrões de beleza impostos pela sociedade, a influência das redes sociais na autoimagem e os dilemas éticos relacionados a avanços na biotecnologia, além de questionar os limites da manipulação do corpo humano.
“Ainda Estou Aqui”, um filme brasileiro baseado em fatos reais e estrelado por Fernanda Torres, aborda o impacto da ditadura militar no Brasil e como essas memórias ainda reverberam na sociedade contemporânea. Essa produção oferece uma oportunidade para refletir sobre golpes militares, regimes autoritários e suas consequências na democracia e nos direitos humanos. O enredo possibilita uma análise interdisciplinar, unindo história, sociologia e política.
Por fim, “O Brutalista” discute a arquitetura brutalista não apenas como uma forma artística, mas também como um símbolo de resistência e transformação social. O filme pode ser relacionado a questões de urbanização, ao impacto da arquitetura no comportamento humano e a debates filosóficos sobre estética e funcionalidade. Essa conexão transforma a obra em um material rico para análise interdisciplinar em exames que consideram a influência do ambiente no desenvolvimento das sociedades.
