O contrato do ouro com maior liquidez registrou uma alta nesta quarta-feira (15), impulsionado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de dezembro, que indicou uma inflação mais moderada no país. Esse dado gerou expectativas de um afrouxamento monetário por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, ao longo de 2025. Esse cenário beneficia o ouro em duas frentes: a desvalorização do dólar, tornando o metal mais atraente, e a queda nos rendimentos dos Treasuries, que competem como opção de investimento seguro.
O ouro para o mês de fevereiro registrou um aumento de 1,32%, alcançando o valor de US$ 2.717,80 por onça-troy, na Comex, que faz parte da New York Mercantile Exchange (Nymex). A leitura do núcleo do CPI mais amena contribui para minimizar as preocupações com a sazonalidade da inflação residual, o que pode ter levado os investidores a se afastarem temporariamente da compra de Treasuries, segundo uma análise do TD Securities. Avaria nas taxas de juros nos EUA poderia ainda fortalecer a cotação do ouro, especialmente porque os fundos macro já reduziram mais de 50% de suas posições elevadas desde a noite das eleições nos Estados Unidos.
Na Ásia, as vendas das principais empresas de comércio em Xangai, após os últimos ajustes nas políticas de controle de capital do Banco do Povo Chinês (PBoC) e as declarações firmes contra comportamentos de mercado considerados perturbadores, mostraram-se de curta duração. Atualmente, as informações do banco apontam para um retorno nas atividades de compra de ouro, conforme indicado por instituições financeiras. No entanto, no cenário das tensões geopolíticas que influenciaram a valorização do ouro nos últimos trimestres, foi noticiado que Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e troca de reféns, segundo uma fonte dos Estados Unidos, após uma semana de negociações.