21 fevereiro 2025
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Países Europeus se Reúnem em Paris para Debater Crise na Ucrânia

Líderes de importantes países europeus se reunirã em Paris na próxima segunda-feira (17) para discutir a situação da Ucrânia e questões relacionadas à segurança na Europa. O encontro ocorre logo após um anúncio do governo dos Estados Unidos, que indicou a intenção de iniciar negociações diretas com a Rússia para resolver o conflito ucraniano. O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmará a realização dessa reunião, que tem como foco principal a “segurança europeia”, de acordo com informações do chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot.

Embora o ministro não tenha divulgado a lista exata dos participantes, uma fonte diplomática da Europa revelou que estão confirmadas as presenças de representantes da Alemanha, Polônia, Itália, Dinamarca e do Reino Unido, este último país que não faz mais parte da União Europeia. Também participarão do encontro António Costa, presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Mark Rutte, secretário-geral da Otan. A organização desse encontro teve caráter urgente, conforme mencionado pela mesma fonte. O evento ocorrerá em um momento delicado para as relações entre Europa e Estados Unidos.

Recentemente, o presidente americano, Donald Trump, gerou surpresa entre os líderes europeus ao informar, na quarta-feira (12), que havia dialogado com o presidente russo, Vladimir Putin, com o intuito de iniciar conversas sobre a Ucrânia. Esse pronuncimaneto suscitou preocupações sobre a possibilidade de os europeus serem excluídos das discussões que visam o término do conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022. A questão sobre a participação da Europa nas negociações foi um dos principais tópicos abordados durante a Conferência de Segurança de Munique, que teve início na sexta-feira (14) e se encerrará neste domingo na Alemanha.

Na conferência, o enviado especial de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, comentou sobre as negociações, afirmando: “Eu pertenço à escola realista, não acho que isso vá acontecer”, em resposta a uma pergunta sobre a participação europeia nas tratativas. Jean-Noël Barrot reforçou que “somente os ucranianos podem decidir parar de lutar, e nós os apoiaremos enquanto eles não tomarem essa decisão”. Ele destacou que os ucranianos não cessarão as hostilidades até que tenham garantias de que a paz proposta seja duradoura e que suas necessidades de segurança estejam atendidas.

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