O papa Francisco fez um apelo, nesta quinta-feira, 23, para que líderes nas áreas política, econômica e empresarial adotem uma postura mais rigorosa em relação ao avanço da Inteligência Artificial (IA). Durante sua participação no Fórum Econômico Mundial, ele alertou que essa tecnologia tem o potencial de intensificar uma crescente “crise da verdade”. A mensagem, que foi lida por Cardeal Peter Turkson, um representante do Vaticano, elogiou as possibilidades oferecidas pela IA, mas também destacou as “preocupações críticas” que ela suscita sobre o futuro da humanidade. Nesta edição do fórum, o foco recai sobre a IA, entre outros tópicos relevantes.
“O que a IA é capaz de produzir se assemelha praticamente aos resultados gerados por humanos, levantando questões sobre o impacto que isso pode ter na crescente crise da verdade no espaço público”, afirmou o papa. Ele acrescentou que, para lidar com as complexidades que a IA apresenta, é essencial que governos e empresas atuem com a devida diligência e vigilância.
Desde que assumiu a liderança da Igreja Católica em 2013, Francisco, que conta com 1,4 bilhão de fiéis ao redor do mundo, tem se dedicado a discutir as questões éticas relacionadas à inteligência artificial. Em uma cúpula do G7, realizada na Itália no ano passado, ele enfatizou a necessidade de não permitir que algoritmos decidam o rumo da vida das pessoas.
Recentemente, o papa também se tornou alvo de uma imagem deepfake que circulou amplamente no início de 2024. Esta imagem, gerada por um software de criação de imagens, dava a impressão de que ele estava usando um casaco longo e branco, feito de plumas, causando confusão em diversos sites de notícias e perfis de redes sociais.
