Em um contexto global de polarização, o papa Francisco tem gerado polêmica ao longo de seu papado. Diversas declarações e ações protagonizadas por ele provocaram reações significativas na sociedade.
Em 31 de dezembro de 2019, o papa foi alvo de críticas após um incidente na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde deu um tapa no braço de uma mulher que o puxou com força. O ato, registrado e amplamente divulgado, resultou em um pedido de desculpas por parte do papa durante sua primeira homilia de 2020, na qual ele abordou a violência contra as mulheres e reconheceu sua falta de paciência.
Em setembro de 2024, durante uma visita à Indonésia, Francisco criticou aqueles que preferem ter animais de estimação em vez de filhos. Ele elogiou as famílias numerosas e ressaltou a importância dos nascimentos para a riqueza de um país, comentando sobre o vazio que a falta de crianças pode causar em lares e na sociedade.
Em uma conferência sobre a crise demográfica em 2024, o papa expressou preocupações sobre a crescente indústria de armas e contraceptivos, ressaltando que um deles destrói a vida, enquanto o outro impede novos nascimentos. Ele apelou por políticas mais eficazes que promovam a família e a natalidade, alertando que a Europa está enfrentando um envelhecimento populacional preocupante.
Em maio de 2024, Francisco se viu em meio a uma controvérsia com a comunidade LGBTQIA+ após uma publicação que alegava que ele havia usado uma expressão homofóbica durante uma reunião com bispos. O termo utilizado foi considerado pejorativo, e, após a repercussão, o Vaticano esclareceu que não houve intenção de ofender. O pontífice continuou a abordar a questão da homossexualidade em encontros subsequentes, manifestando sua posição sobre a admissão de candidatos homossexuais ao sacerdócio.
O papa também criticou a apropriação da bandeira da pobreza por ideologias comunistas, afirmando que a ajuda aos necessitados é intrínseca ao cristianismo, destacando a importância de ajudar os pobres conforme ensina o Evangelho.
Além disso, Francisco denunciou a hipocrisia entre católicos que vivem em contradição com os princípios da fé, sugerindo que é preferível ser ateu do que agir de forma dissimulada. Ele também se opôs ao muro proposto por Donald Trump na fronteira dos EUA com o México, defendendo a construção de pontes ao invés de muros, e criticou a separação de crianças migrantes de seus pais, definindo essa prática como uma crueldade inaceitável.