Um comunicado do Vaticano, divulgado na tarde de quinta-feira, 6, informou que o papa Francisco apresenta um quadro “estável em relação aos dias anteriores”. O pontífice está internado há 21 dias no hospital público Gemelli, em Roma, e não teve mais crises respiratórias até o momento. “As condições clínicas do Santo Padre permaneceram estáveis em comparação aos dias anteriores. Também hoje, ele não apresentou episódios de insuficiência respiratória”, conforme indicado no boletim médico.
O papa continua a realizar sessões de fisioterapia respiratória e motora. Os parâmetros hemodinâmicos e os resultados de exames de sangue mantiveram-se estáveis, e não houve registro de febre. “Dada a estabilidade do quadro clínico, o próximo boletim médico será divulgado no sábado”, completou a comunicação oficial.
Nesta manhã, a Santa Sé relatou que “a noite foi tranquila” e que o papa estava “descansando”. Ao longo do dia, ele se dedicou a atividades de trabalho, intercalando períodos de descanso e oração. Antes do almoço, o pontífice recebeu a Eucaristia.
Em boletim anterior, divulgado na noite de quarta-feira, 5, o Vaticano reiterou que o papa Francisco segue “estável” e informou que houve um aumento nas sessões de fisioterapia respiratória e na terapia motora ativa, após duas crises respiratórias severas durante o fim de semana. Como parte do tratamento, foram realizados procedimentos de oxigenoterapia de alto fluxo, e à noite foi retomada a ventilação mecânica não invasiva.
No começo da semana, os relatórios médicos indicavam que ele se mantinha sem febre, sempre alerta, colaborando com os tratamentos e orientações. O prognóstico permanece reservado.
Durante esta semana, a Santa Sé informou também que o papa Francisco apresentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda devido ao acúmulo significativo de muco nos brônquios, resultando em broncoespasmo. Conforme o boletim, foram realizadas duas broncoscopias para aspirar secreções abundantes.
Desde o início da internação, os relatórios têm caracterizado a situação do pontífice como “complexa”, após o quadro de bronquite evoluir para uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral, que afeta ambos os pulmões. Essas novas condições levaram a modificações nos tratamentos em andamento.
Autoridades do Vaticano destacaram que a situação não é crítica, mas sim complexa, e que ainda não há previsão de alta. “As condições clínicas do Santo Padre continuam a apresentar melhorias ao longo do dia. Ele alternou entre oxigenoterapia de alto fluxo com a máscara de ventilação”, conforme relatado em um dos comunicados.