Um boletim médico divulgado na segunda-feira (24) informa que o estado de saúde do papa Francisco é considerado complexo e se agravou devido a um ataque asmático prolongado que exigiu oxigênio de alto fluxo. O pontífice argentino, que se encontra internado no Hospital Gemelli, em Roma, com bronquite que evoluiu para uma pneumonia bilateral, continua em estado crítico. Segundo a comunicação do Vaticano, o papa teve uma noite tranquila e está descansando.
Apesar de o quadro de anemia ter apresentado melhora e a trombocitopenia, caracterizada pela redução do número de plaquetas no sangue, permanecer estável após transfusões realizadas no sábado, o boletim médico mais recente indica a presença de uma leve insuficiência renal inicial, mas que está sob controle. A equipe médica ressaltou a complexidade do cenário clínico, mencionando que o tempo necessário para que os tratamentos labora artísticos surtam efeito impõe cautela em relação ao prognóstico.
A situação do líder da Igreja Católica, que está hospitalizado desde 14 de fevereiro, se deteriorou no último sábado devido a um prolongado ataque asmático, o que demandou o uso de oxigênio de alto fluxo e transfusões de sangue para tratar problemas hematológicos. A insuficiência renal observada pode sugerir uma sepse em estágio inicial, conforme apontou Abele Donati, diretor da unidade de anestesia e terapia intensiva do hospital.
Donati também explicou que a septicemia representa um risco significativo e que a resposta do corpo a uma infecção pulmonar em andamento deve ser cuidadosamente monitorada. As próximas horas e dias são considerados cruciais, e a eficácia da terapia antibiótica será determinante para evitar complicações graves. Em Roma e em todo o mundo, principalmente na América Latina, manifestações de apoio, incluindo orações pela recuperação do papa, têm sido frequentes. Líderes religiosos e políticos têm se unido em preces, e internautas compartilharam mensagens de apoio refletindo preocupações sobre sua saúde.
A saúde de Jorge Bergoglio, que já enfrentou diversos problemas nos últimos anos, incluindo cirurgias e dificuldades de locomoção, levantou consciência sobre sua capacidade de liderar a comunidade católica global, composta por quase 1,4 bilhões de fiéis. Não há, segundo o direito canônico, medidas previstas para situações que afetem a lucidez do pontífice. Essa situação também reacendeu discussões a respeito de uma possível renúncia, especialmente entre críticos do papa em círculos conservadores católicos.
O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, declarou que considera essas especulações desnecessárias, reafirmando seu compromisso com o apoio ao papa durante sua recuperação.