O Papa Francisco não realizará a tradicional oração do Angelus no próximo domingo. Em seu lugar, um texto será enviado e publicado, conforme informou Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano. O pontífice, que se encontra hospitalizado há oito dias devido a uma pneumonia bilateral, passou bem a noite, segundo comunicação oficial, mas os médicos alertam que ele ainda não está “fora de perigo”. A continuidade da internação está prevista para “pelo menos toda a próxima semana”.
Francisco foi admitido no hospital Gemelli em Roma em 14 de fevereiro devido a uma bronquite e, quatro dias depois, a Santa Sé anunciou o diagnóstico da pneumonia bilateral, uma infecção pulmonar grave. A hospitalização do líder da Igreja Católica suscitou especulações sobre sua saúde futura, apesar de os médicos afirmarem que ele conseguiu se levantar e não está mais conectado a aparelhos.
Nos últimos dias, o pontífice recebeu visitas de seus colaboradores mais próximos e continua ativo, lendo e assinando documentos, além de realizar chamadas telefônicas. Recentemente, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também o visitou, relatando que o papa estava “alerta” e “receptivo”. Cardeais expressaram suas esperanças, afirmando que ele está “no bom caminho”.
A quarta internação de Francisco desde 2021 reavivou as preocupações com sua saúde, fragilizada por uma série de problemas nos últimos anos, que incluem cirurgias no cólon e no abdômen e dificuldades de locomoção. Rumores infundados sobre sua morte circulam nas redes sociais, acentuando a inquietação pública. Durante a visita da primeira-ministra, o papa comentou sobre essas especulações, afirmando que sempre trazem má sorte.
A hospitalização de Francisco, que lidera 1,3 bilhão de católicos e é chefe de Estado da Cidade do Vaticano, também levantou questões sobre sua capacidade de continuar em seu cargo. No entanto, o direito canônico não contempla nenhuma cláusula para problemas que afetem sua lucidez. O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, comentou sobre as especulações de renúncia, classificando-as como “inúteis” e expressando otimismo em relação à recuperação do pontífice.
Apesar das dificuldades de saúde, o papa Francisco tem demonstrado uma forte determinação, mantendo uma agenda cheia, mesmo com recomendações médicas para reduzir suas atividades.