O depoimento de um policial militar ocorreu na terça-feira (18), durante a sétima audiência de instrução do caso que envolveu a morte de nove jovens no Baile da DZ7, em 1º de dezembro de 2019.
O agente, responsável por uma parte crucial da investigação, afirmou que não conseguiu observar a moto supostamente utilizada por suspeitos que, segundo a versão oficial da polícia, teria dado início a uma sequência de eventos que culminaram em nove mortes. Essa declaração introduz uma nova dimensão ao caso, que ainda não teve um desfecho definido, enquanto as famílias das vítimas aguardam por justiça.
O trágico episódio aconteceu durante um baile funk em Paraisópolis, São Paulo, e foi desencadeado por uma perseguição policial. A Polícia Militar afirmou que dois indivíduos em uma moto teriam disparado contra uma viatura, justificando assim a intervenção policial na região. O caos gerado pela operação causou pânico entre os participantes do evento, resultando na morte de nove jovens, incluindo um adolescente de apenas 14 anos. De acordo com a Defensoria Pública de São Paulo, as vítimas faleceram por asfixia e pisoteamento, levantando questões sobre a condução da ação policial.
Na audiência de instrução, um dos policiais não conseguiu identificar a moto nas imagens apresentadas, que teoricamente teria sido o motivo para a intervenção policial. Esse ponto é relevante, uma vez que os 12 policiais militares acusados de homicídio afirmam ser inocentes, alegando terem agido em resposta a uma ameaça concreta. As audiências, que começaram em julho de 2023, estão em andamento, trazendo novas informações a cada sessão e mantendo o caso em evidência na opinião pública. O massacre de Paraisópolis continua sem solução, gerando expectativa tanto entre a sociedade quanto entre as famílias das vítimas, que buscam respostas e justiça.