A Comissão Europeia apresentou uma proposta que permite às montadoras de veículos cumprir metas de emissões de CO2 considerando a média entre os anos de 2025 e 2027, em vez de se restringirem apenas ao ano em curso.
O Parlamento Europeu está em vias de aprovar novas metas que são menos rigorosas do que as atualmente em vigor. Esse movimento, anunciado na terça-feira (6), visa garantir um prazo maior para que os fabricantes se adaptem às novas exigências e reduzam o risco de penalidades financeiras severas. Os fabricantes manifestaram preocupações de que as normas atuais poderiam resultar em multas que alcançariam até 15 bilhões de euros, especialmente devido à pressão por um aumento nas vendas de veículos elétricos.
A proposta sugere que as montadoras levem em conta uma média de emissões ao longo de três anos, o que foi bem recebido pelos parlamentares da União Europeia, resultando em um voto favorável à rápida implementação da regra. No entanto, essa nova normativa ainda requer a aprovação dos governos dos países membros da UE.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que a alteração oferece um “espaço para respirar” às montadoras, permitindo uma adaptação mais eficaz às novas exigências. Por outro lado, a organização E-Mobility Europe expressou preocupações quanto ao impacto dessa mudança, advertindo que ela pode atrasar a competitividade da Europa em relação à China no campo dos veículos elétricos.
Ainda, a modificação das metas pode dificultar o avanço de investimentos essenciais para a infraestrutura de recarga de veículos elétricos. Existe a preocupação de que, ao flexibilizar as exigências, a Europa possa perder posição em um mercado que se mostra cada vez mais competitivo, especialmente em comparação com países que já estão mais avançados nesse setor.