Uma recente eleição parlamentar na Groenlândia resultou na vitória do partido Democratas, de oposição de centro-direita, desbancando a coalizão anterior de centro-esquerda. A Groenlândia, que se estende por uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados, possui uma população de apenas 56 mil habitantes. O evento eleitoral gerou interesse global, particularmente em decorrência de declarações controversas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, durante sua gestão, expressou interesse na aquisição ou, ao menos, em um controle maior sobre a ilha.
Os resultados eleitorais revelaram que a nova coalizão de centro-direita superou a anterior de centro-esquerda, que havia obtido mais de 66% dos votos nas eleições anteriores, mas agora não conseguiu alcançar nem 40%. O parlamento groenlandês é constituído por seis partidos, dos quais cinco se posicionam a favor da independência da ilha. No entanto, existe um debate interno sobre a velocidade desse processo de separação, com alguns partidos, como o Democratas, advogando por um avanço gradual, enquanto outros buscam uma ruptura mais rápida com a Dinamarca. As afirmações do ex-presidente Trump têm atuado como um catalisador para grupos separatistas que desejam a independência a curto prazo.
A Groenlândia é ricamente dotada de recursos naturais, principalmente minerais de terras raras, o que atrai interesse tanto dos Estados Unidos quanto da Dinamarca. Além disso, a região desempenha um papel estratégico em questões de segurança no Ártico, especialmente devido à sua proximidade com a Rússia. A independência da Groenlândia poderá expô-la a novas pressões econômicas, considerando que a Dinamarca atualmente fornece cerca de US$ 1 bilhão por ano para apoiar os serviços públicos da ilha. Este suporte financeiro é um aspecto essencial na discussão sobre a viabilidade econômica da independência.