Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou sua defesa em uma ação judicial que pode resultar na cassação de sua candidatura, bem como de outros seis vereadores do PL eleitos em 2024 em Balneário Camboriú, Santa Catarina. A ação foi proposta por uma coligação formada por partidos como PT, PC do B, PSOL, Rede e Solidariedade, que alegam que houve fraude nas cotas de gênero durante a eleição municipal. Os opositores afirmam que pelo menos metade das candidaturas femininas registradas pelo PL seriam fictícias e questionam a legitimidade das campanhas.
Na defesa, o advogado Admar Gonzaga, que já atuou como ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluiu uma série de fotos e uma lista com aproximadamente 20 evidências que contestam as acusações feitas pelos adversários. O vereador argumentou que a grande quantidade de candidatos nas eleições proporcionais implica que alguns não conseguirão atrair um número significativo de votos, o que não caracteriza automaticamente uma candidatura como fictícia.
Jair Renan também destacou que alguns partidos que entraram com a ação puderam registrar candidaturas femininas que não receberam votação expressiva nas últimas eleições, citando o exemplo de Tia da Balinha, candidata do Solidariedade, que teve apenas 12 votos. Para reforçar sua defesa, os advogados anexaram evidências que demonstrariam a participação ativa das candidatas do PL em eventos eleitorais, além de registros de gastos durante a campanha.
O documento defende que as candidatas do PL não só receberam votos significativos, como também realizaram atividades públicas de campanha e tiveram despesas relacionadas. As investigações sobre esses aspectos, segundo a defesa, afastariam qualquer indício de irregularidade nas candidaturas, sustentando que as ações realizadas pelos candidatos foram legítimas e válidas.