O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em 4 de outubro que acredita que a paz com a Arábia Saudita “vai acontecer”. Durante uma reunião na Casa Branca, ele afirmou que a normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita não é apenas uma possibilidade, mas uma expectativa futura, sugerindo que essa paz poderia ter sido estabelecida durante o primeiro mandato do presidente dos Estados Unidos, caso ele tivesse mais seis meses no cargo.
Nas semanas que precederam o ataque do Hamas a Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023, a Arábia Saudita havia indicado que estava progredindo em direção à normalização de seus laços diplomáticos com Israel. Entretanto, após Israel iniciar uma ofensiva de retaliação contra o Hamas em Gaza, a Arábia Saudita manifestou críticas contundentes às ações israelenses. O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, descreveu as ações israelenses como “genocídio coletivo”, em uma de suas declarações mais severas desde o início do conflito.
Além disso, um mês antes dessas declarações, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan, comentou que a normalização das relações com Israel estava “fora de questão” enquanto os palestinos não conquistassem um estado independente. Netanyahu, ao se referir à situação atual, afirmou não ter uma resposta clara sobre como a paz com a Arábia Saudita poderia ser alcançada, mas reiterou o compromisso tanto dele quanto da liderança saudita em buscar essa paz, acrescentando que acredita que terão sucesso em seus esforços.