O PDT decidiu romper com o governo Lula, resultando em uma nova baixa no Congresso Nacional em um momento complicado para o presidente, que necessita de apoio para a aprovação de medidas essenciais até 2026, enquanto enfrenta a pressão da possível CPI do INSS. Embora o partido possua apenas 20 cadeiras, sua saída é significativa, dada a fragilidade da base de apoio de Lula desde o início de seu mandato.
O curioso é que o rompimento do PDT ocorre de forma parcial. A bancada na Câmara dos Deputados declarou-se independente em relação ao governo, enquanto no Senado o partido ainda mantém um alinhamento com Lula, justificando-se pelo compromisso com um projeto de desenvolvimento para o Brasil. Essa dualidade na postura do partido, que inclui membros do ministério que recentemente passou por mudanças, é um reflexo da complexidade política atual.
O líder da bancada na Câmara, Mário Heringer, anunciou que os 17 deputados do partido estão dispostos a apresentar uma alternativa ao governo para 2026. Por outro lado, o senador Weverton Rocha expressou respeito pela decisão da bancada da Câmara, mas ressaltou que seu posicionamento diverge do mesmo, representando assim três votos da bancada no Senado.
Em paralelo, Ciro Gomes, em uma coletiva, defendeu Carlos Lupi, afirmando que ele é uma pessoa séria e de vida simples. Ciro criticou a nomeação de Wolney Queiroz como o novo ministro, chamando a ação de “indignidade inexplicável”. Ele questionou a responsabilidade política atribuída a Lupi, enfatizando que as decisões devem ser refletidas por aqueles no poder.
A situação é vista como um erro significativo tanto para o governo Lula quanto para o PDT, que observou um aumento substancial em casos de irregularidades desde o governo anterior. Historicamente, Ciro Gomes já enfrentou desafios legais em relação a questões de apadrinhamento político e irregularidades administrativas, e sua postura atual pode ser interpretada como uma tentativa de proteger aliados em meio a um cenário conturbado.