O peixe-diabo negro, com nome científico Melanocetus johnsonii, foi avistado pela primeira vez na superfície oceânica durante o dia. Este peixe é frequentemente associado ao personagem da animação “Procurando Nemo”, mas, na realidade, é um habitante das profundezas, podendo ser encontrado a até 3.000 metros abaixo da superfície.
O avistamento ocorreu durante uma pesquisa realizada pela ONG espanhola Condrik Tenerife, que investigava tubarões pelágicos. A organização declarou em suas plataformas que ter uma chance de observar esse “peixe lendário” é algo raro. A presença do animal em águas rasas levanta questionamentos sobre suas causas, que podem incluir fatores como doenças, correntes ascendente ou fuga de predadores.
O nome Melanocetus se traduz como “monstro marinho negro”, refletindo sua notável aparência. Este peixe, adaptado a ambientes profundos, utiliza um apêndice dorsal que contém bactérias simbióticas bioluminescentes, criando o efeito de uma pequena luz na frente de seu corpo, que serve para atrair presas.
A primeira vez que imagens dessa espécie foram documentadas foi em 2014, quando cientistas do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterrey, na Califórnia, capturaram uma fêmea com aproximadamente 9 centímetros de comprimento, usando um veículo operado remotamente a 600 metros de profundidade.
Atualmente, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) classifica a conservação do peixe-diabo negro como “pouco preocupante”.
