12 março 2025
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Pessimismo Global Afeta Desempenho do Ibovespa

O Ibovespa registrou uma queda nesta terça-feira, dia 11, refletindo a apreensão do mercado global em relação à economia dos Estados Unidos. Esse sentimento negativo começou a se intensificar na segunda-feira, dia 10, após declarações do presidente dos EUA sobre a possibilidade de uma recessão decorrente de sua política de tarifas.

O fechamento do dia evidenciou também a influência desse clima sobre a cotação do dólar, que encerrou em baixa frente ao real, acompanhando a tendência de recuo no mercado internacional. Na segunda-feira, a moeda norte-americana havia avançado mais de 1%, atingindo R$5,85. Ao final do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,81%, estabelecendo-se em 123.507,35 pontos, enquanto o dólar teve uma queda de 0,75%, sendo cotado a R$5,8113, acumulando uma desvalorização de 1,78% durante o mês de março.

De acordo com um especialista em investimentos, o comportamento do dólar pode ser interpretado como uma correção em relação ao risco observado na sessão anterior, quando houve uma forte aversão ao risco, especialmente em relação à moeda americana e contratos de juros. O diretor de uma assessoria de câmbio destacou que a queda do dólar também se estende em relação a várias moedas fortes no exterior.

Analisando o panorama mais amplo, um conselheiro de investimentos mencionou que a bolsa continua a refletir o pessimismo internacional, alimentado por temores relacionados à guerra comercial e à potencial desaceleração do crescimento econômico global. Nos Estados Unidos, o S&P 500, um dos principais índices do mercado acionário, apresentou um decréscimo de 0,76%, embora tenha reduzido suas perdas após o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.

No entanto, a expectativa permanece tensa, com investidores preocupados com os riscos de uma possível recessão nos Estados Unidos, especialmente diante da nova implementação de tarifas comerciais e dados econômicos recentes. Na terça-feira, foram anunciadas tarifas aumentadas em produtos de aço e alumínio provenientes do Canadá, em resposta a uma nova taxa sobre eletricidade importada pelos EUA.

Dentre os destaques do mercado, ações da PETROBRAS PN caíram 1,5%, contrariamente ao aumento dos preços do petróleo no mercado internacional. As ações da ITAÚ UNIBANCO PN desvalorizaram 0,88%, e outras instituições financeiras também registraram perdas, com o BRADESCO PN caindo 0,61% e o SANTANDER BRASIL UNIT diminuindo 2,11%. Em contraste, a ação da VALE ON avançou 0,83%.

A CSN ON teve queda de 2,54%, enquanto a IGUATEMI UNIT despencou 2,68%, após firmar contratos de aquisição relacionados a empreendimentos em São Paulo. A REDE D’OR ON recuou 3% mesmo após anunciou resultados financeiros positivos. Em contrapartida, a LWSA ON apresentou valorização de 3,79%, encorajado pelo alívio nas taxas dos DI.

A CPFL ENERGIA ON fechou em alta de 3,03%, amparada por um relatório que, apesar de cortar a previsão de preço das ações, manteve recomendações de compra, considerando a energia como uma opção relativamente segura diante do cenário econômico atual.

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