Uma operação da Polícia Federal, realizada na última quinta-feira, dia 10, revelou a atuação do prefeito Rodrigo Manga, da cidade de Sorocaba, em São Paulo. Manga, membro do partido Republicanos, está sob investigação por supostos desvios na área da saúde.
Antes de ser alvo de investigações, o prefeito obteve um certo destaque nas mídias sociais, associando-se a um perfil considerado descolado e que se popularizou principalmente no TikTok. Essa plataforma é reconhecida por permitir a usuários, especialmente jovens, a publicação de vídeos curtos com danças ou gestos repetitivos, tipicamente sem narração.
Rodrigo Manga, semelhantemente a outros políticos desse espectro, utiliza redes sociais para se comunicar de maneira que inclui discussões polêmicas e afirmações exageradas, numa tentativa de captar a atenção do público, mesmo que isso envolva distorcer fatos evidentes. Essa abordagem pode ser ligada a uma visão de mundo promovida por líderes políticos de direita, como Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Recentemente, o prefeito fez uma declaração sobre sua “pré-candidatura” à presidência da República, o que gerou ceticismo. A viabilidade de um candidato em fase pré-eleitoral, em um contexto como o atual, é vista como extremamente limitada, especialmente para um político com a sua experiência.
Em um fenômeno semelhante, o cantor sertanejo Gusttavo Lima também declarou sua pré-candidatura ao Planalto, após ser investigado por questões relacionadas ao setor de apostas. Após inicialmente criar a narrativa de uma possível viabilidade política, o caso foi arquivado, e ele posteriormente anunciou o abandono de sua candidatura.
Em um contexto mais amplo, as novas tecnologias de comunicação, como smartphones e redes sociais, têm proporcionado benefícios como a redução de distâncias e a diminuição de custos nas interações. No entanto, no âmbito político e democrático, essas ferramentas têm contribuído para um ambiente marcado por desinformação, manipulação e a ascensão de figuras públicas questionáveis.
Diante dessa situação, torna-se imperativa a necessidade de regulamentar o uso das redes sociais e combater a impunidade relacionada à manipulação de informações. O país enfrenta um momento crucial em que é essencial encontrar formas de superar essa espiral negativa, que parece não levar a resultados concretos.