O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou em sua denúncia apresentada no dia 18 de outubro que o ex-presidente Jair Bolsonaro concordou com um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. Esse plano incluía a proposta de assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, na fase final do ano de 2022. Gonet observou que a proposta foi elaborada e apresentada ao Presidente da República, que a aceitou, coincidindo com a divulgação de um relatório que indicava a ausência de evidência de fraudes nas eleições.
No relatório enviado a Moraes, que trata do inquérito sobre o golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet apontou que as investigações trouxeram à luz uma assustadora operação que visava a execução do golpe, contemplando até a possibilidade de morte do Presidente e do Vice-Presidente eleitos, além de um Ministro do Supremo Tribunal Federal.
A Polícia Federal identificou o plano “Punhal Verde e Amarelo” em novembro do ano anterior, durante a Operação Contragolpe, quando foi encontrado um documento que detalhava um plano que previa o uso de substâncias químicas para provocar um colapso orgânico, explorando a vulnerabilidade de saúde do então presidente eleito e suas frequentes idas a hospitais. De acordo com Gonet, Bolsonaro e outros membros da organização criminosa estabeleceram, dentro do Palácio do Planalto, um plano de ataque às instituições, visando a desestabilização do funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o nome infame de “Punhal Verde Amarelo”.