O procurador-geral da República, Paulo Gonet, protocolou, nesta terça-feira, 1º de outubro, um pedido de prisão contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio e sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido será avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).
Léo Índio se encontra na Argentina após ser processado pelo envolvimento nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O julgamento sobre sua participação foi realizado no mês anterior pela Primeira Turma do STF.
Na sua manifestação ao STF, Gonet alegou que Léo Índio descumpriu as medidas cautelares determinadas para que ele pudesse responder ao processo em liberdade. Segundo o procurador, a fuga para a Argentina foi uma violação deliberada da medida cautelar, o que demonstra sua desconsideração pela aplicação da lei e pelas decisões do STF.
Na última semana, Léo Índio concedeu uma entrevista à Rádio Massa FM, de Cascavel (PR), onde revelou estar no país vizinho há 20 dias devido ao temor de ser preso.
As acusações contra ele incluem a participação nos eventos de 8 de janeiro, além de publicações nas redes sociais durante as invasões. Com a decisão que o tornou réu, Léo Índio enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado pela violência e ameaça grave ao patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio protegido pela União.
Durante a fase de julgamento da denúncia, a defesa de Léo Índio negou as acusações e pediu a rejeição da denúncia. Na semana passada, os advogados confirmaram sua fuga para a Argentina.
