Gerard Piqué, ex-jogador do Barcelona, defendeu em seu depoimento, em meio a lágrimas, a legalidade das comissões recebidas da Arábia Saudita, as quais estão ligadas à negociação que trasladou a Supercopa da Espanha para o país do Oriente Médio. Ele negou ter recebido qualquer comissão da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Como réu no Tribunal de Instrução número 4 de Majadahonda, Piqué afirmou que sempre atuou como agente da Arábia Saudita e não da RFEF, o que, segundo ele, elimina qualquer possibilidade de conflito de interesse. Em sua defesa, o ex-jogador expressou sua preocupação com os danos à sua reputação, o que o levou às lágrimas, ressaltando que ninguém irá compensá-lo por tais danos.
Ao concluir seu depoimento, Piqué comentou que em outras partes do mundo, uma pessoa que arrecadou uma quantia significativa para a RFEF teria sido reconhecida em vez de enfrentar um processo judicial. Uma decisão judicial anunciou a acusação, informando que estão sendo investigadas possíveis ilegalidades com implicações penais ligadas aos contratos.
Os acordos, firmados em 2020 e no valor de 40 milhões de euros anuais para a realização da competição na Arábia Saudita, incluem uma cláusula que assegura o pagamento de uma comissão anual de 4 milhões de euros à Kosmos, empresa de Piqué, conforme reportado pela EFE. A investigação contra o ex-zagueiro é resultado de uma apuração de corrupção que envolve o ex-presidente da RFEF, Luis Rubiales, por supostos contratos irregulares durante seu mandato, que coincide com o período em que foi firmado o contrato para a transferências da Supercopa.
