Na manhã do dia 15 de agosto, a Polícia Federal (PF) realizou a Operação Farra Brasil 14, com o suporte de órgãos da Caixa Econômica Federal, a fim de desarticular uma organização criminosa dedicada a fraudes por meio do aplicativo Caixa Tem. As investigações indicam que esse grupo conseguia cooptar funcionários da Caixa e de lotéricas, que recebiam propinas para permitir o acesso de criminosos a contas sociais pertencentes a terceiros por meio do Caixa Tem. Grande parte das vítimas era composta por beneficiários de programas sociais do governo, e as fraudes também afetavam o FGTS e o Seguro-Desemprego, ambos gerenciados no mesmo aplicativo.
Durante a operação, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. Além disso, a Justiça Federal implementou medidas cautelares que não envolvem prisão para 16 suspeitos. Os indivíduos investigados poderão enfrentar acusações de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação.
Em comunicado oficial, a Caixa Econômica Federal afirmou que colabora com as autoridades de segurança pública em investigações e operações que visam o combate a fraudes e golpes. O banco informou que as informações relacionadas a essas investigações são confidenciais e somente compartilhadas com a Polícia Federal e outros órgãos competentes. A Caixa enfatizou seu compromisso em monitorar continuamente seus produtos, serviços e transações bancárias para detectar e investigar atividades suspeitas, utilizando estratégias e procedimentos de segurança destinados à proteção dos dados e operações de seus clientes, além de contar com tecnologia e equipes especializadas para salvaguardar seus processos e canais de atendimento.
