14 abril 2025
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Polícia Militar Dispara Gás Lacrimogêneo em Protesto pela Morte de Senegalês no Brás

Uma manifestação ocorreu no Brás, centro de São Paulo, e terminou em tumulto com a intervenção da Polícia Militar, que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes na manhã deste sábado (12). O ato foi realizado em protesto pela morte do ambulante senegalês Ngange Mbaye, ocorrida na sexta-feira (11). Durante a manifestação, os participantes interditaram parte da avenida Rangel Pestana. De acordo com o Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, a manifestação estava pacífica até a chegada das autoridades.

Os organizadores do protesto relataram que não houve qualquer forma de comunicação prévia por parte da Polícia Militar antes da utilização da força. O sindicato criticou a ação policial, descrita como uma medida de opressão aos trabalhadores. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a intervenção ocorreu após um manifestante lançar uma garrafa em direção aos policiais, justificando, assim, o uso de gás de efeito moral. Até o momento, não foram registradas lesões entre os presentes.

Os manifestantes também expressaram a necessidade de recadastramento dos ambulantes, ressaltando que a Prefeitura de São Paulo não emitiu novas licenças nos últimos dois anos. O sindicato destacou que os trabalhadores desejam atuar de forma organizada e legalizada. Os representantes da CNN solicitaram uma declaração da Prefeitura de São Paulo sobre a situação do cadastro, prometendo atualizar a informação assim que receberem uma resposta.

A Operação Delegada, que envolve a colaboração de agentes da Polícia Militar e fiscais da prefeitura para combater o comércio ilegal de ambulantes, também foi alvo de críticas durante a manifestação. Na sexta-feira (11), o vendedor ambulante Ngange Mbaye, de 34 anos, foi morto a tiros por um policial militar na Avenida Rangel Pestana, após tentar agredir os agentes com uma barra de ferro durante uma operação para apreensão de mercadorias. Em resposta ao ocorrido, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo anunciou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) e afastou o policial envolvido no incidente.

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