A situação das emendas parlamentares que foram bloqueadas por Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) e a longa reformulação ministerial do governo Lula resultaram em um impasse no Senado. A definição dos líderes das comissões da Casa foi adiada e deverá ocorrer somente após o Carnaval. Esse processo envolve não apenas a redistribuição de funções entre os partidos que atualmente dominam o Legislativo, mas também a necessidade de acomodar figuras políticas que, até então, estavam fora dos holofotes.
O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está aguardando uma reunião com o presidente da República para discutir questões políticas, incluindo a negociação de cargos e liberação de verbas, que são essenciais para o funcionamento do governo. Rodrigo Pacheco, que estava no cargo de presidente do Senado, é um dos nomes cogitados para integrar o ministério de Lula. Ele aproveitou um período de férias com a família em viagem ao exterior após quatro anos à frente do Poder Legislativo, enfrentando momentos desafiadores como a pandemia e as eleições de 2022.
Pacheco está previsto para retornar a Brasília após o Carnaval. Caso escolha aceitar uma oferta ministerial que lhe agrade, ele poderá assumir um novo papel no governo. Caso contrário, poderá seguir sua carreira no Parlamento. Davi Alcolumbre, por sua vez, já destinou a presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado para Pacheco, caso sua transição para o ministério não se concretize. No entanto, Nelsinho Trad, do PSD-MG, é considerado o principal candidato para liderar a Comissão de Relações Exteriores, recebendo até uma comunicação da equipe do Palácio do Planalto sobre a aprovação do chanceler Mauro Vieira em relação ao seu retorno ao comando da comissão.
