O senador Jorge Seif (PL-SC) foi mencionado no primeiro depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal como suposto membro de uma “ala mais radical” de apoiadores que teria incentivado Jair Bolsonaro a tentar um golpe de Estado nos últimos meses de 2022. Seif classificou as referências ao seu nome feitas por Cid como “falsas, absurdas e mentirosas”. Ele afirmou: “Nunca ouvi, discuti ou sugeri qualquer coisa sobre um suposto golpe com o presidente da República ou com qualquer um dos mencionados na delação que foi divulgada”.
As declarações do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foram reveladas pelo colunista Elio Gaspari e veiculadas em O Globo e na Folha de S. Paulo. O conteúdo dos depoimentos de Mauro Cid é mantido em sigilo, e ele prestou depoimento à PF em pelo menos outras dez ocasiões. Seif destacou que “o conteúdo do depoimento que foi ilegalmente vazado é apenas uma opinião de ‘classificação’ que me envolve criminosa e ficticiamente em um grupo, sem qualquer relato fático sobre uma participação que nunca existiu”, complementou.
O senador anunciou que tomará as “providências judiciais adequadas” em relação ao vazamento do depoimento confidencial e à “denunciação caluniosa” que lhe foi direcionada.