O ex-ministro da Defesa Braga Netto, atualmente sob prisão preventiva, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, uma extensão do prazo para apresentar sua resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República. Os advogados de Braga Netto argumentam que o novo prazo deveria ser contado a partir da manifestação de Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada. A acusação envolve 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e Braga Netto, e abrange crimes como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. Neste momento, Braga Netto se encontra em uma rotina isolada na Vila Militar, com acesso restrito a dispositivos eletrônicos.
Os defensores de Braga Netto destacam que o acesso completo aos elementos da colaboração premiada de Mauro Cid não é viável, o que impossibilita uma análise adequada das provas mencionadas na denúncia. Se a prorrogação do prazo não for aprovada, o ex-ministro deverá apresentar sua resposta até esta sexta-feira (7). Ele é um dos poucos denunciados que permanece em prisão preventiva, alojado em instalações adaptadas na Vila Militar, sob um forte esquema de segurança. As visitas são limitadas e necessitam da autorização do ministro Moraes.
Além disso, a defesa de outro militar, Mário Fernandes, também fez um pedido para revogar sua prisão preventiva, mas essa solicitação foi negada por Moraes. O ministro fundamentou sua decisão destacando que a manutenção da prisão é crucial para assegurar a ordem pública e o andamento das investigações em curso.
