Os preços do petróleo registraram um aumento superior a 4% na quarta-feira (11), alcançando o nível mais elevado em mais de dois meses. Essa elevação ocorreu em função de informações que indicaram que os Estados Unidos estavam se preparando para evacuar sua embaixada no Iraque, em decorrência de crescentes preocupações com a segurança na região do Oriente Médio.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam com um avanço de US$ 2,90, equivalente a 4,34%, atingindo US$ 69,77 por barril. O petróleo West Texas Intermediate também viu um aumento, de US$ 3,17, ou 4,88%, alcançando US$ 68,15. Ambos os tipos de petróleo atingiram os preços mais altos desde abril deste ano.
Os comerciantes do mercado de petróleo reagiram de forma inesperada ao comprarem contratos futuros, impulsionados pelas notícias sobre a possível evacuação da embaixada dos EUA no Iraque, que é o segundo maior produtor de petróleo da Opep, ficando atrás apenas da Arábia Saudita. Um analista do Price Futures Group observou que a magnitude desse risco geopolítico não era esperada pelo mercado.
Entrevistas recentes revelaram que o ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, afirmou que o país tomaria medidas contra as bases militares dos EUA na região caso as negociações nucleares falhassem, aumentando a tensão entre Teerã e Washington. O ex-presidente Donald Trump expressou uma postura de menor confiança quanto à possibilidade de um acordo que interrompa o enriquecimento de urânio por parte do Irã.
A situação contínua de tensão com o Irã sugere que os suprimentos de petróleo do país permanecerão restritos em razão das sanções vigentes. No entanto, a Opep+ planeja aumentar sua produção em 411.000 barris por dia em julho, conforme busca reverter os cortes de produção implementados nos meses anteriores.
