O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo (30) a solicitação para que o Hamas desarme e retire seus líderes de Gaza, prometendo intensificar a pressão sobre o grupo enquanto os esforços para o retorno dos reféns continuam. Netanyahu mencionou que Israel se empenhará por meio da implementação do “plano de emigração voluntária” que foi proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a região de Gaza. Ele informou que seu gabinete concordou em manter a pressão sobre o Hamas, grupo que afirmou ter aceitado uma proposta de cessar-fogo mediada pelo Egito e Catar.
Em resposta, Sami Abu Zuhri, um alto dirigente do Hamas, caracterizou os comentários de Netanyahu como uma estratégia que levaria a uma “escalada sem fim” na área. Netanyahu contradisse a alegação de que Israel não estava em negociações, afirmando que o país estava operando sob o fogo e que essa abordagem também se mostrava eficaz. Em um vídeo divulgado neste domingo (30), ele declarou que começaram a surgir “rachaduras” no grupo adversário.
No sábado (29), Khalil al-Hayya, líder do Hamas em Gaza, informou que o grupo aceitou uma proposta que, segundo fontes de segurança, prevê a liberação de cinco reféns israelenses semanalmente. Entretanto, ele destacou que o desarmamento, conforme exigido por Israel, é uma “linha vermelha” que o Hamas não está disposto a cruzar.
No primeiro dia do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, as autoridades de saúde de Gaza relataram que pelo menos 24 pessoas, dentre elas várias crianças, faleceram em ataques lançados por Israel. Dessas, nove perdas ocorreram em uma única tenda localizada na cidade de Khan Younis, no sul da faixa de Gaza.
Mais tarde, neste domingo (30), o Serviço de Crescente Vermelho Palestino anunciou que conseguiu finalmente acessar a área para buscar equipes de resgate atingidas por fogo israelense durante uma operação no oeste de Rafah, uma semana após o ataque. O serviço informou que recuperou 13 corpos no local, sendo sete de membros do Crescente Vermelho Palestino, cinco do Serviço de Emergência Civil de Gaza e um trabalhador que atuava nas Nações Unidas. Até o momento, não houve comentário imediato por parte das autoridades israelenses.
