22 abril 2025
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Presidenta da Conib Celebra Momento Áureo nas Relações com o Papa

O médico Cláudio Lottenberg, que também é presidente da Confederação Israelita do Brasil, declarou que a comunidade judaica sentirá uma “grande saudade” do papa Francisco. Ele expressou a esperança de que o legado do pontífice, bem como seu compromisso com o diálogo inter-religioso, seja perpetuado e aprimorado pelo próximo líder da Igreja Católica. Segundo Lottenberg, Francisco era um amigo próximo do congresso judaico latino-americano e do congresso judaico mundial, desfrutando de relacionamentos positivos com a comunidade judaica.

Durante seus 12 anos de pontificado, o papa Francisco, de origem argentina, promoveu a união entre as religiões, condenando o antissemitismo, o preconceito e a intolerância, com o objetivo de buscar a paz entre os povos. Lottenberg recordou uma visita ao Vaticano em que Francisco expressou seu constrangimento em relação aos eventos do Holocausto e a ineficácia da Igreja em intervir na tragédia. Ele revelou que o papa se sentia envergonhado pela incapacidade da Igreja de evitar um dos capítulos mais sombrios da história.

Em fevereiro do ano anterior, o papa havia qualificado o antijudaísmo e o antissemitismo como um “pecado contra Deus”. Ao se referir à continuidade do legado de Francisco, Lottenberg afirmou que o pontífice representava uma “nova mentalidade” que deve ser mantida. Ele se mostrou otimista em relação ao futuro, acreditando que a próxima liderança poderia avançar no que Francisco pregou, promovendo uma maior compreensão entre diferentes grupos.

O papa Francisco ocupou a liderança da Igreja Católica desde março de 2013, após a morte de Bento XVI. Ele foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar a posição. O falecimento do papa ocorreu em decorrência de um AVC e uma falência cardíaca irreversível, conforme informou Andrea Arcangeli, médico do Vaticano, em um atestado de óbito publicado.

O corpo do papa foi preparado para ser colocado em um caixão e havia previsão de que o velório se iniciasse em breve, aberto aos fiéis. A data do funeral, que antecederá o sepultamento, ainda não foi divulgada.

Nos últimos dois anos, o papa Francisco enfrentou diversas crises de saúde. Ele apresentava maior vulnerabilidade a infecções pulmonares devido a problemas decorrentes de pleurisia, condição que resultou na remoção de parte de um de seus pulmões. Em julho de 2021, passou por uma cirurgia, na qual teve 33 centímetros de cólon removidos para tratar a diverticulite. Em 2023, foi internado em duas ocasiões, a primeira por dificuldade respiratória, da qual se recuperou rapidamente, e a segunda para uma cirurgia abdominal, sendo essa a segunda intervenções dessa natureza em dois anos.

Por conta das dores no joelho e nas costas, o papa utilizou cadeira de rodas nos últimos anos, continuando a realizar fisioterapia durante suas internações para ajudar na mobilidade.

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