Durante a cerimônia em comemoração ao 46º aniversário da revolução que destituiu a monarquia Pahlavi, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou que o país não deseja conflitos, enfatizando que o programa nuclear do Irã é destinado somente a fins pacíficos.
As declarações proferidas por Pezeshkian foram em resposta a um documento assinado pelo presidente dos Estados Unidos, que impõe novas sanções ao Irã. O presidente americano expressou a intenção de pressionar a República Islâmica, afirmando que o Irã não deve possuir armamento nuclear. Ele adotou uma abordagem de “pressão máxima” contra o país, especificamente relacionada ao seu programa nuclear.
Durante seu mandato anterior, de 2017 a 2021, o presidente americano retirou os EUA do acordo nuclear firmado em 2015 entre o Irã e várias potências globais, que tinha como objetivo limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio das sanções econômicas. Desde a retirada dos Estados Unidos do pacto, os esforços para restaurá-lo não têm obtido sucesso. O Irã mantém sua posição de que seu programa nuclear é exclusivamente pacífico e reitera que não busca desavenças.
Nos dias seguintes, autoridades iranianas incentivaram a população a participar das festividades que ocorrem em Teerã e em outras cidades do país. Estas celebrações marcam a queda da monarquia Pahlavi e têm início anualmente em 31 de janeiro, data em que o aiatolá Ruhollah Khomeini retornou ao Irã após seu exílio. Registros em veículos de comunicação estatais mostraram manifestações nas quais cidadãos expressavam protestos em relação aos Estados Unidos e a Israel em diversas cidades, incluindo Shiraz, Bandar Abbas, Rasht, Mashhad, Kermanshah e Sanandaj.
