A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou, durante sua coletiva de imprensa diária na quinta-feira (13), a possibilidade de processar o Google. Essa ação se deve à alteração do nome do Golfo do México para “Golfo da América” nos mapas da empresa, uma mudança que ocorreu após uma ordem executiva do ex-presidente Donald Trump que renomeou uma das principais rotas de navegação do país. Sheinbaum revelou que, no final de janeiro, enviou uma carta ao CEO do Google, Sundar Pichai, solicitando a correção da nomenclatura, afirmando que a variação do nome se aplica apenas à plataforma continental dos EUA e não deve ser utilizada em todo o golfo.
A presidente destacou que as autoridades do Google responderam à sua correspondência e que uma nova resposta foi encaminhada. Ela mencionou que, se necessário, considerariam entrar com ações civis. Segundo sua argumentação, a empresa afirmou que nos Estados Unidos o nome “Golfo da América” seria utilizado, enquanto em outros lugares o termo “Golfo do México” permaneceria, mas Sheinbaum contestou essa afirmação, informando que a nova denominação tem sido vista em diversos países da América Latina.
Sheinbaum enfatizou que “nem mesmo o presidente Trump propôs que todo o Golfo do México fosse renomeado para ‘Golfo da América’, apenas sua plataforma continental, portanto, o Google está incorreto”. Ela explicou que, embora o Google Maps seja uma ferramenta de uma empresa privada, ela se tornou uma referência mundial e, portanto, deve aderir a nomes reconhecidos internacionalmente. Tronglomerou também que a administração solicitou ao Google que revisse a ordem executiva da Casa Branca para entender se a renomeação se aplica a toda a extensão do golfo.
Ademais, a presidente elogiou a decisão da Enciclopédia Britânica, que informou que continuará a utilizar o nome Golfo do México, considerando que se trata de um corpo de água internacional e que a autoridade dos Estados Unidos em renomeá-lo é questionável. A CNN buscou um posicionamento do Google a respeito da situação, lembrando que a empresa já havia declarado que possui uma prática estabelecida de adotar mudanças de nomenclatura quando estas são atualizadas em fontes oficiais do governo.