A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) deve continuar a defender a indicação de um novo Procurador-Geral da República (PGR) por meio de uma lista tríplice. O atual PGR, Paulo Gonet, encerrará seu mandato em dezembro deste ano, podendo ser reconduzido ao cargo. Essa solicitação é respaldada por parte dos servidores da instituição, embora não haja uma obrigação legal para tal. Desde 2001, a ANPR organiza eleições, onde os três candidatos com a maior votação são apresentados ao presidente da República, que tem o poder de escolher o novo PGR sem a necessidade de seguir a lista.
Nos dois primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, a lista tríplice foi acatada. Em contrapartida, o ex-presidente Jair Bolsonaro não adotou a recomendação dos integrantes do Ministério Público Federal (MPF). No atual governo, Lula indicou Gonet, que também não estava entre os nomes sugeridos. Apesar disso, a escolha de Gonet foi bem recebida, pois ele é visto como um candidato com perfil mais técnico e tem recebido avaliações favoráveis de seus colegas.
O inquérito relacionado à tentativa de golpe de Estado representa um desafio significativo para Gonet e sua atuação foi considerada um teste importante. A percepção entre os membros da PGR é de que ele se destacou nesse contexto. Por essa razão, apesar da insistência na lista tríplice, membros do governo acreditam que Gonet deverá ser reconduzido ao cargo. Assessores próximos a Lula afirmam que a avaliação do presidente sobre o trabalho de Gonet é altamente positiva.
