A Polícia Civil iniciou um inquérito para investigar as alegações de assédio sexual e moral contra José Maurício Rosolen, professor do departamento de química da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher, que está realizando diligências para esclarecer os fatos. Até o momento, o professor não fez declarações sobre as tentativas de contato da imprensa. Ele já enfrentava um processo administrativo dentro da USP, instaurado em decorrência das denúncias. Desde setembro de 2024, Rosolen estava sob investigação preliminar, que indicou a existência de comportamentos possivelmente criminosos, resultando em seu afastamento por 180 dias.
As denúncias contra Rosolen incluem relatos de que ele se aproximava de alunas com propostas de viagens e passeios, mas seu comportamento frequentemente se tornava inadequado, com toques indesejados e tentativas de beijos forçados. Além disso, surgiram alegações de que o professor ameaçava retirar bolsas de estudo se não houvesse reciprocidade nas suas investidas. A situação gerou preocupação na comunidade acadêmica, que já tinha conhecimento do comportamento do docente. As alunas foram aconselhadas a evitar momentos sozinhas com ele, destacando a gravidade das acusações. Este caso representa o segundo processo administrativo por assédio sexual e moral envolvendo um professor da USP apenas neste ano, e a universidade recebeu uma lista com mais de dez alunas que teriam sido vítimas de assédio desde 2020.