O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, sublinhou a relevância da segurança pública nas estratégias voltadas à proteção ambiental. A expectativa é que a organização participe da COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro deste ano. Observou-se que, nas edições anteriores da conferência, as conclusões das discussões indicam que o tema da segurança pública é cada vez mais crucial para a preservação ambiental. Há organizações criminosas envolvidas na extração ilegal de recursos e é imperativo integrar a segurança pública nas estratégias de conservação. Assim, a presença da Interpol, em conjunto com a Polícia Federal e representantes de forças policiais de diversas regiões, especialmente da Amazônia e da América do Sul, será vital para debater o papel da segurança pública no combate aos crimes ambientais.
Valdecy Urquiza comentou ainda que a Interpol conta com equipes especializadas que colaboram na identificação das rotas e das organizações internacionais associadas à extração ilegal de madeira, minérios e ao tráfico de fauna silvestre. Os delitos ambientais são hoje classificados como transnacionais, pois, embora a extração ocorra na Amazônia, o mercado muitas vezes é internacional. Portanto, é fundamental uma atuação conjunta para identificar e prender todos os membros das organizações criminosas, incluindo aqueles que realizam a extração, o tráfico e os que atuam na venda dos produtos ao consumidor final.