sábado, fevereiro 8, 2025
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PT busca liderança “moderada” para sua presidência em 2026

Integrantes do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) manifestam a expectativa de que o novo presidente da legenda adote uma postura “menos combativa e mais moderada”, uma vez que essa figura terá a responsabilidade de conduzir as alianças partidárias para as eleições de 2026. A principal prioridade, segundo membros do partido, é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os petistas preveem a ampliação da estratégia de “frente ampla” que foi aplicada durante a campanha de 2022. Para tanto, haverá a busca por acordos com o “centro democrático”, considerando a possibilidade de abdicação de candidaturas próprias em favor de alianças que assegurem suporte ao presidente.

Apesar do otimismo em relação à eleição de 2026, os membros do diretório expressam a consciência de que o cenário atual indica uma disputa presidencial acirrada. Para garantir uma aliança mais ampla, a expectativa é que o futuro líder do partido possua um perfil contrastante ao da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR). Atualmente, acredita-se que o novo presidente deve adotar uma abordagem mais dialogal, distanciando-se do chamado “PT raiz”. Gleisi é frequentemente vista como uma figura “combativa”, que não hesita em criticar, inclusive, algumas iniciativas do próprio governo nas redes sociais.

Os petistas reconhecem a importância do papel de Gleisi, que está à frente do PT desde 2017, especialmente em momentos de oposição, como durante a presidência de Michel Temer (MDB) e o período em que Lula esteve encarcerado, bem como durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). As eleições internas do PT estão programadas para julho deste ano, após um adiamento na realização do pleito interno para evitar “atritos” no primeiro ano do governo.

Um dos nomes que se destacam como possíveis sucessores de Gleisi é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP). Desde o ano passado, ele tem mantido reuniões frequentes com assessores do presidente no Palácio do Planalto e tem percorrido o país em busca de apoio entre a militância do partido. Edinho conta com o respaldo de figuras proeminentes, como o ex-ministro José Dirceu, além de apoio de parte dos ministros que compõem o governo. Em contrapartida, o grupo de Gleisi considera Edinho como alguém “precipitado”, afirmando que Lula incentivou a deputada a apoiar a escolha de seu sucessor. A parlamentar defende a indicação de um nome oriundo da região Nordeste para liderar o PT, entre os quais estão o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o senador Humberto Costa (PT-PE).

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