O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou um curso com a finalidade de aprimorar a mobilização do partido em apoio à gestão atual e reencontrar a base de militantes em seus tradicionais bastidores de atuação. Denominado “Como fazer trabalho de base”, o curso consiste em uma série de seis vídeos que orientam os filiados sobre como trabalhar para recuperar a reputação, especialmente durante um período de crise de popularidade enfrentado pelo partido e pelo governo.
Esse curso é introduzido em um contexto de baixa participação dos membros do PT nos protestos organizados para se posicionar contra a anistia proposta para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro, uma pauta defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que é apoiado pelo presidente Lula na corrida para a liderança nacional do PT, destacou que o partido tem se esforçado consideravelmente para reunir um número significativo de pessoas nas manifestações.
Os vídeos, produzidos pela Fundação Perseu Abramo, exibem uma linguagem que busca dialogar com o público mais jovem, utilizando a apresentação de dois atores. Em um dos vídeos, é aconselhado aos petistas que abordem temas que ressoem com a opinião pública e que incentivem a mobilização nas ruas. A crítica é direcionada aos militantes que se queixam do declínio do partido, enfatizando a importância da ação.
Um dos apresentadores argumenta que a inatividade não é uma opção viável e sugere que é preferível fazer algo, mesmo que simples, a simplesmente esperar por mudanças significativas. A mensagem central é a escolha entre participar ativamente das manifestações ou permanecer passivo.
Além disso, os apresentadores sublinham que é essencial para os petistas desenvolver habilidades de escuta e abrir diálogo com pessoas de diferentes crenças políticas. Eles recomendam interagir com desconhecidos nas ruas, destacando também a importância da apresentação pessoal. O uso de roupas adequadas e a postura cordial são mencionados como aspectos fundamentais para o engajamento em discussões.
O curso ainda aconselha que os militantes ignorem provocações de adversários e evitem a mentalidade de achar que possuem a verdade absoluta. A abertura para ouvir diferentes pontos de vista é enfatizada como um pré-requisito para o diálogo, especialmente nas redes sociais, ressaltando a necessidade de respeito durante as interações com aqueles que pensam diferentemente.
