O Kremlin reiterou a oposição de Vladimir Putin ao envio de uma força de paz europeia, mesmo diante da possibilidade de uma trégua na Guerra da Ucrânia. Essa declaração contrasta com as afirmações de Donald Trump, representando uma significativa divergência entre a Rússia e os Estados Unidos, especialmente desde que o presidente americano passou a adotar a narrativa russa que atribui a responsabilidade do conflito a Kiev. Recentemente, Moscou tem intensificado sua campanha aérea contra a Ucrânia, gerando um estado de alerta em todo o território ucraniano.
Em resposta aos ataques, a população de Kiev buscou abrigo em estações de metrô lotadas. A Força Aérea da Ucrânia relatou a interceptação de 133 drones e 6 mísseis durante os confrontos. Apesar das medidas defensivas adotadas, a ofensiva russa resultou em danos significativos e pelo menos uma fatalidade, enquanto a Rússia declarou ter abatido 16 drones ucranianos.
Diante desse cenário tenso, o presidente francês, Emmanuel Macron, visitou a Casa Branca para reforçar a posição europeia na crise. Durante sua visita, Trump fez críticas ao presidente ucraniano Volodimir Zelenski, sugerindo um acordo onde a ajuda militar dos Estados Unidos poderia ser trocada por minerais da Ucrânia. Entretanto, o Kremlin refutou a alegação de Trump de que Putin teria concordado com a proposta de uma força europeia.
Além disso, Putin propôs uma parceria na exploração de minerais com empresas americanas, uma movimentação que pode indicar um possível alívio nas sanções que foram impostas à Rússia. Trump também mencionou que Zelenski poderia viajar a Washington para discutir um acordo de compensação, embora o montante real da ajuda americana à Ucrânia seja considerado inferior ao que Trump sugeriu.
Durante sua visita, Macron destacou que a Rússia é a verdadeira agressora no conflito, posicionamento que contrasta com a visão de Trump. A pressão sobre o presidente americano continua a crescer, especialmente após a recente visita do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, à Casa Branca. Starmer enfatizou a necessidade de maior autonomia na defesa europeia e solicitou um aumento nos gastos militares do Reino Unido, ressaltando a urgência da situação.