13 março 2025
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Putin Envia Mensagem Poderosa aos Soldados na Linha de Frente em Visita a Kursk

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou uma visita inesperada à região de Kursk na quarta-feira (12), enquanto o Kremlin analisa uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias. Através de uma transmissão na televisão estatal russa, Putin, vestido com uniforme militar, dirigiu-se às tropas na linha de frente, afirmando que o objetivo de Moscou é “libertar completamente” Kursk o mais breve possível. Esta visita ocorreu um dia após as negociações de paz entre representantes dos EUA e da Ucrânia, que resultaram na aceitação por Kiev de um cessar-fogo de 30 dias, com apoio dos EUA, abrangendo toda a linha de frente.

O avanço das forças russas em Kursk ameaça o único ponto de troca de território que a Ucrânia possui em meio a um momento crítico da guerra, no qual uma possível trégua está sendo considerada. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que a paz “está nas mãos de Putin”, enquanto representantes dos EUA se deslocaram para a Rússia para discutir a proposta de cessar-fogo. Trump, durante uma declaração no Salão Oval, evitando confirmar uma reunião agendada com o líder russo, enfatizou que a resolução agora depende da Rússia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou a jornalistas que Putin está “estudando cuidadosamente” a proposta, enquanto Moscou espera por informações adicionais de autoridades dos EUA nos próximos dias. Horas após essa declaração, a televisão estatal russa exibiu Putin se reunindo com seu principal general, Valery Gerasimov, em Kursk, antes de fazer um discurso aos soldados. Em sua fala, o líder russo instruiu os militares a expulsar as forças ucranianas restantes na área e mencionou a possível criação de uma “zona tampão” ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Putin também indicou que soldados ucranianos capturados em Kursk deveriam ser tratados como “terroristas”.

A Ucrânia iniciou sua incursão em Kursk em agosto, conseguindo capturar o território durante a primeira invasão terrestre da Rússia por uma potência estrangeira desde a Segunda Guerra Mundial. A campanha buscava não apenas ocupar áreas com potencial para troca, mas também distrair os recursos russos das frentes de combate no leste. No entanto, a Ucrânia enfrenta dificuldades para manter o controle da região, com sua presença se deteriorando rapidamente nos últimos dias. Gerasimov, em declarações na quarta-feira, afirmou que as forças russas reconquistaram mais de 86% da área anteriormente controlada pela Ucrânia, destacando que 430 soldados ucranianos foram feitos prisioneiros, e os demais se encontram cercados.

A expectativa de Kiev de usar Kursk como moeda de troca nas negociações foi considerada “totalmente desmoronada” por Gerasimov. Peskov informou que a operação para expulsar as forças ucranianas restantes entrou em seu estágio final, segundo a agência de notícias estatal TASS. O exército ucraniano reconheceu a perda de vários assentamentos em Kursk para as forças russas nos últimos dias. O general ucraniano Oleksandr Syrskyi sugeriu recuos táticos para “posições mais favoráveis”, enfatizando a prioridade em “salvar as vidas dos soldados ucranianos”.

Além disso, a Rússia realizou ataques aéreos em seu próprio território, afetando a cidade de Sudzha, que foi “quase completamente destruída”, de acordo com Syrskyi. O enviado especial do presidente Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, deve viajar para a Rússia no final desta semana, embora não esteja claro se ele se encontrará com Putin, com quem já teve um encontro no mês anterior. O vice-presidente americano, JD Vance, afirmou que as discussões estão ocorrendo “por telefone e pessoalmente com alguns de nossos representantes nos próximos dias”.

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