O engajamento de profissionais globalmente apresentou uma queda em 2024, resultando em um custo estimado de US$ 438 bilhões para a economia mundial. Esta informação deriva de uma pesquisa realizada pela Gallup, que evidencia as repercussões dessa situação na produtividade, inovação e no desempenho organizacional.
No último ano, a proporção de profissionais engajados caiu de 23% para 21%, marcando a segunda diminuição em mais de uma década, sendo a última observada em 2020. A Gallup indica que essa tendência reflete as alterações enfrentadas pelo mercado de trabalho em decorrência da pandemia, caracterizadas por alta rotatividade, rápidas expansões e demissões em diversos setores. Esta dinâmica impactou diretamente as cadeias de suprimentos, enquanto o término dos programas de estímulo afetou os orçamentos disponíveis.
Paralelamente, os trabalhadores passaram a exigir mais flexibilidade e opções de trabalho remoto, no entanto, algumas empresas diminuíram essas possibilidades. Como resultado, o bem-estar dos funcionários também ficou comprometido. Após cinco anos de melhora contínua, as avaliações globais sobre a qualidade de vida dos profissionais caíram em 2023 e novamente em 2024, atingindo 33%.
Vários fatores intervêm na maneira como os indivíduos percebem sua vida, incluindo satisfação com a renda e o custo de vida. Contudo, uma vez que muitos passam grande parte do tempo no trabalho, suas experiências profissionais têm um papel significativo sobre suas avaliações de vida. A Gallup projeta que, se todos os locais de trabalho globalmente estivessem completamente engajados, haveria uma possibilidade de adicionar US$ 9,6 trilhões em produtividade à economia global, o que representa cerca de 9% do PIB mundial.