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A confusão em torno do Pix se tornou um dos maiores contratempos do governo até o momento. A administração atribuiu a responsabilidade a informações falsas, mas essa justificativa não convenceu. Afinal, afirmar que a intenção de impor impostos sobre o Pix é uma fake news é, de certa forma, uma desinformação, visto que o governo realmente almejava uma regulamentação fiscal para o serviço.
Além disso, a administração tentou culpar o controlador da Meta, Mark Zuckerberg, e seu algoritmo pelas dificuldades, mas essa desculpa também falhou, uma vez que as modificações anunciadas não afetam o algoritmo e, por enquanto, são válidas apenas nos EUA. Não contente, o governo saiu em defesa da sua autoridade, sugerindo que desacreditar uma medida governamental poderia ser considerado crime e considerando ações judiciais contra alguns políticos. Levanta-se a questão de qual artigo do Código Penal poderia legitimar essa postura, pois o direito de questionar as intenções governamentais está protegido pela Constituição.
No ano anterior, durante a apresentação de um pacote de redução de gastos, Lula também introduziu uma proposta de corte de receitas. O resultado foi uma queda das bolsas e uma alta do dólar. O presidente, então, atribuiu isso aos chamados “vampiros da Faria Lima” e ao mercado financeiro, outra tentativa que não rendeu frutos. Recentemente, Lula passou a atribuir a Roberto Campos Neto a culpa por diversos problemas econômicos, mas isso também não teve efeito.
Diante de um déficit fiscal significativo e com a moeda e os juros em níveis elevados, Lula precisa tomar medidas efetivas de contenção de gastos para evitar uma recessão severa. Se isso não ocorrer até 2026, será complicado encontrar alguém para culpar.