Pessoas se reuniram em um comício para solicitar ao Congresso que mantenha o financiamento de emissoras públicas nos Estados Unidos, incluindo a Rádio Pública Nacional (NPR) e o Serviço Público de Radiodifusão (PBS), em frente à sede da NPR. Em uma ação judicial protocolada, a NPR pediu a suspensão de um decreto emitido pelo presidente Donald Trump, que interrompe os fundos destinados a essas instituições. A NPR argumenta que tal ordem infringe a separação dos poderes estabelecida na Constituição, uma vez que compete ao Congresso gerenciar os recursos federais, e não à presidência.
Além disso, a NPR sustenta que o decreto prejudica a liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição. Em um comunicado, a diretora-executiva da NPR afirmou que a ação tem como objetivo proteger a instituição de represálias por conteúdos que não agradam ao presidente. A NPR e a PBS recebem financiamento público e doações privadas; aproximadamente 43 milhões de pessoas nos Estados Unidos escutam os programas da NPR semanalmente, enquanto a PBS reporta que 36 milhões assistem aos seus programas mensalmente.
Desde seu retorno ao poder em janeiro, o presidente Trump tem feito críticas a veículos de mídia americanos, alegando falta de imparcialidade e os chamando de “inimigos do povo”. Recentemente, ele assinou um decreto que instrui a Corporação para a Radiodifusão Pública (CPB) a interromper o financiamento à NPR e à PBS. O governo expressa preocupações sobre o suposto uso de recursos públicos para promover um viés partidário de esquerda.
Adicionalmente, a administração tem se empenhado em cortes substanciais de gastos públicos, resultando na demissão de milhares de funcionários em diversos setores, frequentemente sem aviso prévio. Também houve desmantelamento da agência USAGM, responsável pela supervisão de emissoras internacionais, como a Voz da América e a Rádio e TV Martí, entre outras, que facilitam a disseminação de notícias em diversas regiões do mundo.
