1 abril 2025
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Ramagem Responde após Acusação no STF por Tentativa de Interferência

No dia em que o deputado federal Alexandre Ramagem foi declarado réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido à tentativa de golpe de Estado, ele não compareceu a um evento destinado a discutir questões de segurança pública no Rio de Janeiro, que contava com a presença de empresários e políticos. Ramagem, que foi orientado por sua família a permanecer em casa, mencionou temer por sua prisão.

O deputado, que atuou como chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, é acusado de ter colaborado com o ex-presidente na suposta trama golpista. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Ramagem desempenhou um papel relevante na disseminação de mensagens que visavam desacreditar o sistema de urnas eletrônicas utilizadas nas eleições.

As investigações apontam que o deputado pode ser responsável por um documento que contesta a legitimidade do sistema eleitoral. Além disso, Ramagem é acusado de ter utilizado indevidamente os recursos da Abin para espionar adversários políticos de Bolsonaro.

Juntamente com Ramagem, o STF também aceitou denúncias contra outros sete aliados do ex-presidente. Durante uma apresentação oral no julgamento que resultou na condenação de Ramagem, seu advogado, Paulo Renato Garcia Cintra Pinto, argumentou que as evidências que implicam o deputado em um plano golpista são “extremamente tímidas e singelas”.

Em sua fala de 15 minutos, o advogado negou a participação de Ramagem na suposta tentativa de golpe, afirmando que a polícia baseou sua investigação em poucos documentos que não sustentam a acusação. “O que a autoridade policial apresentou em seu relatório foram três arquivos de texto. Esses indícios são extremamente tímidos e singelos. Tudo que consta na denúncia, com base no que foi coletado pela polícia, são apenas três arquivos de texto e nada mais. Esses arquivos de texto não estabelecem algo novo”, declarou o advogado.

O deputado enfrenta sérias acusações, incluindo golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio público.

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