As Forças Armadas do Reino Unido realizaram ataques aéreos contra os Houthis no Iémen em colaboração com os Estados Unidos, conforme anunciado pelo Ministério da Defesa britânico. O comunicado, divulgado na quarta-feira (30), confirmou que a ofensiva ocorreu na terça-feira (29). Este evento representa o primeiro reconhecimento público de uma operação conjunta desde que a administração Trump intensificou a campanha militar contra os rebeldes iemenitas. Os ataques focaram em “um conjunto de edifícios” ao sul de Sanaa, que foram utilizados pelos Houthis para a fabricação de drones, empregados para atacar embarcações no mar.
A Força Aérea Real do Reino Unido despachou caças Typhoon para atingir os alvos, utilizando bombas de precisão após o anoitecer. O planejamento estratégico foi destacado como fundamental para minimizar o risco a civis e a infraestrutura não militar, conforme detalhado pelos militares. Todas as aeronaves retornaram sem incidentes.
Os Houthis, um grupo rebelde que recebe apoio do Irã, iniciaram uma campanha militar em apoio à Palestina após o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023. Eles têm direcionado ataques a navios da Marinha dos EUA e embarcações comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, regiões vitais para as rotas marítimas internacionais, além de dispararem mísseis contra Israel. Em resposta, os EUA executaram ataques direcionados a armamentos dos Houthis, resultando na destruição de drones e submarinos.
Historicamente, o Reino Unido já participou de várias operações conjuntas com os Estados Unidos contra o grupo no Iémen, com múltiplas ações sendo realizadas em 2024. Entretanto, a declaração mais recente é a primeira confirmação de um ataque conjunto desde que o presidente Donald Trump reativou a ofensiva militar contra os rebeldes. A operação realizada na terça-feira está alinhada com a política de longo prazo do governo britânico, que se tornou necessária diante da campanha de ataques iniciada pelos Houthis em novembro de 2023, a qual representou uma ameaça à liberdade de navegação no Mar Vermelho, resultando em impactos negativos para a economia do Reino Unido e causando insegurança na região. Segundo John Healey, secretário de defesa britânico, a ofensiva tem como objetivo prevenir novos ataques pelos Houthis, ressaltando que uma redução de 55% na navegação pelo Mar Vermelho já afetou a estabilidade regional.