Uma equipe da Universidade de Southampton, no Reino Unido, desenvolveu uma máquina capaz de simular a energia rotacional em uma região do espaço onde a gravidade é tão intensa que nada pode escapar, nem mesmo a luz. Este simulador reproduz as condições de um buraco negro e possui o potencial de ajudar os físicos a testar e visualizar os efeitos extremos da gravidade, como a dilatação do tempo, lentes gravitacionais e a deformação do espaço-tempo.
Atualmente, essa máquina não consegue replicar exatamente os efeitos gravitacionais de um buraco negro real, mas representa um avanço significativo nesse campo de estudo. Até o momento, o dispositivo permite uma melhor compreensão da dinâmica associada ao processo. A estrutura da máquina é composta por cilindros de alumínio giratórios, localizados dentro de bobinas dispostas em camadas. Quando esses cilindros giram em alta velocidade, a energia se amplifica na mesma direção do campo magnético, mas ao girar lentamente, o sistema se torna instável.
Essa máquina, também conhecida como bomba do buraco negro, foi desenvolvida com base na teoria formulada em 1971 pelo físico Roger Penrose, que é amplamente reconhecido como um dos pioneiros no estudo da gravidade quântica.