9 março 2025
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Retaliação Chinesa: Alíquotas de 100% Contra o Canadá!

A China anunciou no último sábado a implementação de tarifas que podem chegar a 100% sobre canola, carne suína e diversos produtos agrícolas provenientes do Canadá. Essa nova medida representa uma retaliação direta às barreiras comerciais impostas pelo Canadá no ano anterior em relação a importações de veículos elétricos, aço e alumínio provenientes da China.

As tarifas, que passarão a vigorar a partir do dia 20 de março, também carregam um significado político. O intuito da China é impedir que o Canadá, juntamente com o México, mantenha um alinhamento próximo aos Estados Unidos em sua estratégia de restringir a entrada de produtos chineses na América do Norte por meio de acordos de livre comércio. Tanto a administração Biden quanto a de Trump têm pressionado os países vizinhos para que não se tornem rotas alternativas para a indústria chinesa.

A Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China especificou que a tarifa de 100% se aplicará ao óleo de canola e às ervilhas, enquanto uma taxa de 25% será imposta sobre a carne suína e os frutos do mar do Canadá. A justificativa de Pequim para essas medidas é que se tratam de uma resposta proporcional às tarifas decretadas pelo Canadá em outubro, que incluem uma alíquota de 100% sobre veículos elétricos chineses e de 25% sobre aço e alumínio.

O Ministério do Comércio da China também se pronunciou, exigindo que o Canadá “corrija suas práticas inadequadas” e remova as restrições comerciais. Até o momento, o governo canadense não fez uma declaração pública sobre essa retaliação.

Embora os comunicados oficiais da China tenham sido redigidos de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), evitando menções diretas às negociações comerciais entre Canadá, México e Estados Unidos, a posição de Pequim ficou evidente em outra instância. A emissora estatal China Central Television descreveu a decisão como “uma resposta firme à escolha equivocada do Canadá” e um aviso para outras nações que possam considerar aumentar tarifas contra a China em favor dos interesses dos Estados Unidos.

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