domingo, fevereiro 2, 2025
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Reunião de países da AL discute resposta a Trump; Lula decide participação

A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) realizará uma reunião de emergência entre presidentes na próxima quinta-feira (30) com o objetivo de debater as deportações de imigrantes nos Estados Unidos, em decorrência das novas políticas do governo de Donald Trump. O encontro foi convocado de forma “urgente” por Honduras, que está à frente da presidência rotativa do bloco que reúne 33 nações da região.

O Serviço de Imigração dos EUA está orientando os postos a realizar uma média de 75 prisões diariamente. Além disso, Honduras planeja implementar um programa para auxiliar os deportados pelos Estados Unidos. O presidente da Colômbia, por sua vez, negou ter autorizado o uso de voos americanos antes de decidir por rejeitá-los.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ter conversas com sua equipe nesta segunda-feira (27) para discutir a possibilidade de sua participação — ainda que de forma remota — e avaliar os acontecimentos recentes relacionados às deportações de imigrantes latino-americanos. A reunião da Celac está sendo estruturada de modo híbrido, porém, segundo informações, a tendência é que o chanceler Mauro Vieira receba orientações para se deslocar até Honduras. Em comunicado divulgado no último domingo (26), o governo hondurenho informou aos membros do bloco que os tópicos a serem abordados serão os seguintes: Migração, Meio Ambiente e Unidade da América Latina e Caribe. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, já confirmou que estará presente fisicamente.

Petro impediu, neste domingo (26), a aterrissagem de um avião americano que transportava colombianos deportados e anunciou que seu país enviará um de seus próprios aviões para buscar os imigrantes expulsos dos Estados Unidos. Como retaliação, Trump determinou a imposição de tarifas de importação de 25% sobre todos os produtos colombianos e suspendeu a emissão de vistos para cidadãos colombianos. Em resposta, Petro aumentou as alíquotas de importação para produtos americanos na mesma proporção e criticou Trump em suas redes sociais.

Até o momento, não há previsão de conversas entre Lula e Petro para tratar da situação. O presidente brasileiro não se manifestou sobre as deportações de brasileiros recentemente e deixou as declarações a cargo do Itamaraty e do Ministério da Justiça, que divulgaram notas oficiais a respeito. O Brasil tinha se retirado da Celac durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e retornou ao bloco em 2023, no primeiro ano da atual gestão de Lula.

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