A França anunciou um compromisso de dois bilhões de euros em assistência militar à Ucrânia, enquanto cerca de 30 líderes se reuniram com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Paris, no dia 27 de outubro, para debater formas de fortalecer a posição de Kiev e explorar o papel que poderiam desempenhar caso um acordo de paz fosse alcançado com a Rússia. Esse encontro, denominado como a terceira cúpula da “coalizão dos dispostos”, contou com a presença de figuras como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o secretário-geral da OTAN Mark Rutte, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o vice-presidente turco Cevdet Yılmaz.
A reunião ocorre após a concordância de Zelensky em prosseguir com as negociações de cessar-fogo, perspectiva que possui a intenção de garantir a continuidade da ajuda e do compartilhamento de informações dos Estados Unidos. Contudo, a Rússia apresentou novas exigências em relação à execução de um cessar-fogo no Mar Negro e em metas de energia, levando muitos países europeus a acreditarem que a paz ainda está longe de ser concretizada. O presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou a necessidade de um apoio contínuo à Ucrânia em uma coletiva de imprensa realizada em 26 de outubro, afirmando que esse suporte é crucial para manter a resistência do país.
Macron reiterou o compromisso francês ao se comprometer com mais 2 bilhões de euros em apoio militar, incluindo a provisão de mísseis, aeronaves de combate e equipamentos de defesa aérea. Durante o mesmo encontro, o líder ucraniano mencionou que outros parceiros poderiam anunciar pacotes de ajuda posteriormente. Esta cúpula visa estabelecer um papel para a Europa nas futuras negociações para pôr fim ao conflito. Apesar da ausência de representantes dos Estados Unidos, autoridades francesas declararam que os resultados dos diálogos serão comunicados à administração americana.
As conversações focarão em como fortalecer a capacidade militar da Ucrânia para evitar ataques futuros, além de monitorar as condições dos acordos de cessar-fogo, que incluem alvos marítimos e infraestrutura energética, como debatido em reuniões conduzidas por Washington na Arábia Saudita. Os esforços europeus, sob a liderança de Macron e Starmer, visam ajustar os arranjos de segurança para a Ucrânia, movendo-se de um foco no envio de tropas para a consideração de alternativas face a políticas e limitações logísticas, assim como a possível oposição da Rússia e dos Estados Unidos.
O gabinete de Starmer informou que o primeiro-ministro destacará a importância da união entre as nações para apoiar a Ucrânia em sua luta, além de reforçar os esforços dos Estados Unidos em avançar com progressos significativos, apesar da persistente interferência russa. O planejamento até o momento abrangeu uma análise das capacidades militares europeias, incluindo aeronaves, tanques, tropas e logística, com discussões centradas em como as nações europeias podem contribuir para apoiar uma força futura.